Posts Tagged ‘Laparoscopia’
Laparoendoscopic Single-site (LESS) Repair of Retrocaval Ureter Without any Special Devices.
Trabalho realizado no Hospital Edson Ramalho juntamente a Liga de Urologia da Paraíba (LUPA) aceito para publicação. Trata-se do segundo caso na literatura a tratar a mal-formação congênita denominada de ureter retro cava por meio da técnica Laparoendoscópica por única incisão (LESS).
Aguardamos a publicação no International Brazilian Journal of Urology, inclusive com o vídeo da cirurgia.
Prolapso Genital (Bexiga Baixa). Como devemos tratar?
O tratamento ideal do prolapso genital (bexiga baixa) é tema de grande discussão entre urologistas e ginecologistas. Este bem desenhado trabalho (abaixo) compara a sacrocolpofixação laparoscópica com as telas vaginais. A tendência atual retoma a sacrocolpofixação como método de melhor resultado que fora abandonado devido à morbidade da cirurgia aberta. Com o uso rotineiro da laparoscopia, temos um procedimento que mantem excelentes taxas de cura e traz os benefícios da cirurgia minimamente invasiva: menor sangramento, menor tempo de hospitalização e ainda menor taxa de reoperação quando comparada à cirurgia de acesso vaginal.
Laparoscopic sacral colpopexy versus total vaginal mesh for vaginal vault prolapse: a randomized trial
Christopher F. Maher, MD; Benjamin Feiner, MD; Eva M. DeCuyper, MD; Cathy J. Nichlos, RN; Kacey V. Hickey, RN; Peter O’Rourke, PhD
American Journal of Obstetrics & Gynecology APRIL 2011RESUMO
Estudo randomizado no qual se comparou os resultados da Sacrocolpopexia laparoscópica versus correção vaginal com tela para prolapsos genitais sintomáticos estadio >= 2. O follow-up médio foi de 2 anos. O grupo da correção laparoscópica apresentou um maior tempo operatório, menor tempo de internação e retorno mais rápido às atividades. A taxa de sucesso objetivo após 2 anos foi de 77% para a sacrocolpopexia VDL contra 43% com a tela vaginal (p<0,001). A taxa de reoperação também foi significativamente maior na cirurgia vaginal: 22% x 5% (p=0,006). Conclusão: em 2 anos de seguimento, a sacrocolpofixação laparoscópica apresentou maior taxa de satisfação e sucesso objetivo, além menor morbidade perioperatória e menor taxa de reoperação quando comparada a correção com tela vaginal.
Matéria sobre LESS publicada no Jornal Correio da Paraíba (29/01/12)
Heminefrectomia Polar Superior com Ureterectomia por Laparoscopia
Esta quarta-feira (25/01/12), realizamos, no Hospital Edson Ramalho, mais uma cirurgia para tratamento de polo renal superior excluso por duplicidade ureteral completa. O paciente teve alta após 3 dias, com mínima perda sanguínea, sem dor, e excelente resultado estético.
Apresentamos no último Congresso Brasileiro de Urologia (novembro/2011), vídeo de cirurgia semelhante. Veja o resumo em poster:
URONEWS SBU 05/08/11
Características dos Cirurgiões e a Tendência à Longo Prazo na Adoção da Nefrectomia Radical Laparoscópica
Christopher P. Filson e Col. The Journal of Urology 2011; 185: 2072-2077.
RESUMO:Este estudo apresenta uma análise longitudinal da tendência dos cirurgiões em adotar a nefrectomia radical laparoscópica, avaliando a associação do uso desta técnica a características específicas dos cirurgiões e/ou sua atuação prática. Foram identificados e selecionados 10.917 pacientes, no período de 1995 a 2005, submetidos à nefrectomia radical aberta ou laparoscópica. Através de um modelo de regressão logística foi estimada a associação entre fatores próprios dos cirurgiões ou de sua atuação prática e a adoção da cirurgia laparoscópica. Observa-se, nos resultados, um aumento bastante expressivo no número de nefrectomias radicais laparoscópicas realizadas ao longo deste período. (de 1,4% para 44,9%). Os fatores mais relacionados à realização da nefrectomia radical laparoscópica no grupo de jovens cirurgiões (ano de graduação a partir de 1991) foram o trabalho em centros oncológicos/grandes instituições e a atuação em ambientes urbanos. Dentre os cirurgiões com graduação prévia a 1991, dois fatores tiveram influência estatística para o ingresso na laparoscopia: o trabalho em grupo e a afiliação acadêmica.
COMENTÁRIO EDITORIAL:A segurança oncológica associada aos já conhecidos benefícios do tratamento minimamente invasivo, definem a nefrectomia radical laparoscópica como tratamento padrão para tumores T2 por alguns guidelines (EAU). Este trabalho é bastante interessante uma vez que elenca os principais fatores responsáveis pela disseminação e incorporação de novas tecnologias pelos urologistas. O trabalho em grupo, o contato acadêmico e o trabalho em centros oncológicos devem ser buscados por aqueles que pretendem ingressar ou continuar realizando a nefrectomia radical laparoscópica. O elo cidade-campo deve ser estreito para permitir que a laparoscopia seja oferecida a todos.
Rafael Rebouças, João Pessoa-PB